Além do trauma psicológico causado pela perda de familiares e bens, sobreviventes da tragédia que devastou Teresópolis estão sofrendo agora com outro mal: infecção gastrointestinal causada pelo contato com a água da chuva. A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município constatou que dos 100 pacientes que deram entrada desde segunda-feira, 60% apresentavam sintomas da doença, como diarreia. Um caso de leptospirose também foi diagnosticado.
Nessa sexta-feira, o Ministério da Saúde anunciou que 20 ambulâncias vão reforçar o atendimento na região serrana. Os veículos chegam aos municípios de Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo na próxima semana e ficarão disponíveis para as cidades próximas afetadas pelas chuvas.
O hospital particular São José, que fica em Teresópolis, fez um convênio emergencial com o governo para atender os feridos. Todos os 94 pacientes que deram entrada, desde quarta-feira, têm as despesas pagas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Para liberar leitos e concentrar o atendimentos, cirurgias não emergenciais chegaram a ser suspensas.
Devido à tragédia, no Hospital das Clínicas de Teresópolis Constantino Otaviano, ligado ao Centro Universitário Serra dos Órgãos, o fluxo chegou a ser três vezes maior do que o normal. "Recebemos um número inesperado de pacientes de uma só vez. Estamos com déficit de pelo menos mil antibióticos e precisamos de um dermatologista para fazer enxertos", disse a diretora da unidade Rosane Rodrigues Costa.
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