quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Prefeitura de Teresópolis protocola notícia crime contra o responsável por corrente na internet que fala em milhares de mortos



A Procuradoria da prefeitura de Teresópolis informou que está protocolando na manhã desta quinta-feira uma notícia crime na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) contra o responsável por um blog que teria espalhado o relato de um suposto membro da Cruz Vermelha. O texto, que fala na existência de 12 mil mortos na Região Serrana, sendo a metade em Teresópolis, teria sido publicado primeiro no blog, e depois repassado por e-mail para moradores da cidade, virando uma corrente na internet. O autor da mensagem diz que a prefeitura estaria omitindo o real número de corpos encontrados depois da enxurrada que devastou parte da cidade há duas semanas.
Na petição entregue à delegacia, a prefeitura diz que a mensagem eletrônica é "absolutamente mentirosa e ofensiva à honra do prefeito" Jorge Mario Sedlacek, chamado de "bandido" e "crápula" pelo autor do depoimento. O texto diz ainda que daqui a algumas semanas se alastrarão epidemias na região, o que, segundo a procuradoria, demonstra "completo desrespeito" com as pessoas que perderam tudo no desastre, gerando "instabilidade no seio social".
A prefeitura também rebate a insinuação de que alguém do governo estaria ligado à queda de um helicóptero onde estava um representante da Cruz Vermelha, além do ouvidor municipal.
"O noticiado agiu de modo perverso, sórdido, perturbando a estabilidade social, já muito enfraquecida diante do ocorrido", afirma o documento, que pede à delegacia a apuração dos autores da mensagem.
- A prefeitura vai até as últimas consequências para acabar com essa onda de boatos - afirma o secretário de Planejamento de Teresópolis, José Alexandre de Almeida.
Mensagem é negada pela Cruz Vermelha
A Cruz Vermelha negou com veemência a mensagem nesta quarta-feira. O comunicado informa que os fatos narrados no e-mail não têm “fundamentação real”. Para o presidente da Cruz Vermelha de Teresópolis, Herculano Abrahão, a corrente busca criar pânico na população:
— Só quem fala em nome da Cruz Vermelha é o presidente. Nós não temos como estimar quantas mortes ocorreram. Isso nem cabe à gente.

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