sábado, 22 de janeiro de 2011

Repletos de doações, abrigos em Teresópolis passam a rejeitar alguns itens



A rede de solidariedade formada ao redor das cidades da Região Serrana vitimadas pela tragédia das chuvas atingiu tamanha proporção que em Teresópolis o inesperado está acontecendo: os abrigos começam a recusar alguns itens. “Não precisamos de doação de roupas”, avisa o cartaz no portão da Cruz Vermelha e na entrada de alguns prédios da prefeitura da cidade que registrou 309 mortes e onde 211 pessoas continuam desaparecidas.

“A doação de roupas extrapolou qualquer previsão e, por enquanto, é o suficiente para as famílias desabrigadas", explica Malú Santos da Rosa, voluntária da Cruz Vermelha, apontando para o mural com uma lista de produtos que estão em falta nos estoques da entidade. "Está difícil armazenar tanta coisa. Mas continuamos precisando muito de alimentos não-perecíveis e de produtos de limpeza e higiene pessoal”. Segundo Malú, a entidade está armazenando doações para os próximos seis meses, quando a prefeitura de Teresópolis deve começar a reassentar os desabrigados.

A quantidade de caminhões que chegam a todo o momento dos quatro cantos do país deixa admirado até quem está habituado a conviver com esse tipo de calamidade. Pilotos do Exército que estão em Teresópolis ajudando na distribuição de donativos e no resgate de pessoas e corpos garantem que poucas vezes viram tanta comoção. “É tanta doação que até água está sobrando", diz o Major Gomes. "Acho que vão enviar um pouco de mantimentos e roupas para as cidades mineiras que também foram atingidas pelas tempestades

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